Em busca de compreender e abraçar o outro, muita gente vem perguntar aos nossos profissionais como se comunicar com crianças e adultos autistas.
Nós entendemos essa pergunta como uma questão legítima.
Muita gente acha que empatia é o ato de sentir a dor do outro. Ninguém é capaz de sentir a dor que alguém passa.
Mas empatia é algo mais: é um esforço que a gente deve fazer para respeitar essa dor que a gente não sente mas que é importantíssima para as outras pessoas.
É saber respeitar as preferências de cada um e tratar cada pessoa como ela gosta e quer ser tratada.
Como forma de movimentar essa corrente de respeito e compreensão, preparamos essa publicação.
São regras gerais, baseadas em comportamentos recorrentes de pessoas com autismo.
Elas podem se aplicar ou não à sua situação já que, vale ressaltar mais uma vez, pessoas não se encaixam dentro de rótulos.
No TEA, cada um tem sua especificidade, sua história de vida, seus próprios comportamentos.
O seu amigo com autismo, por exemplo, pode gostar de ser cumprimentado com a mão, enquanto um outro autista não. Na dúvida, sempre atente-se a cada um.
Na hora de cumprimentar
Cada indivíduo é único, dotado de suas próprias preferências. Não podemos, portanto, estender essa regra a todos. De todo modo, caso você não conheça tão bem os gostos e hábitos da pessoa que você vai cumprimentar
recomenda-se que:
- Evite-se estender a mão, já que a pessoa com autismo pode ser sensível ao toque.
- Não se incomode se ela não retribuir o seu cumprimento.
Na hora de conversar
- Converse de modo objetivo, direto ao ponto, com comentários claros.
- Se for necessário fazer perguntas, faça-as também de modo direto.
- Se puder, transforme as perguntas em instruções.
- Utilize imagens que ilustrem aquilo que você está falando.
Na hora de se comunicar
- Compreenda que pessoas no TEA costumam evitar contato visual e evitam demonstrar como se sentem por meio da linguagem, por isso atente-se aos sinais corporais.
- Não menospreze-o. O fato dele não responder não significa que ele não está compreendendo aquilo que você diz.
- Evite ambientes barulhentos, já que o excesso de estímulos sensoriais pode tornar o indivíduo mais irritado.
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