Muita gente vem nos perguntar: qual a diferença entre a crise de desregulação (meltdown), desligamento (shutdown) e o esgotamento (burnout) da criança autista?
Nesse sentido, alguns sinais podem ser observados que indiquem qual o tipo de situação que a criança está passando.
É bom observá-la e entender o que está acarretando esses tipos de crises.
Excesso de estímulos sensoriais e de informações, mudanças bruscas, demandas muito altas e dificuldade para lidar com situações estressantes podem estar na raiz delas.
Vamos investigar?
Desregulação (meltdown)
Crises de desregulação ocorrem quando a criança explode ou perde o controle emocional em alguns instantes.
Esse tipo de situação pode levá-la a manifestar um comportamento agressivo com os outros e também autolesivo, com a criança podendo causar danos a si mesma.
Desligamento (shutdown)
Ao contrário da desregulação, a crise de desligamento ocorre no interior da criança. Nesse momento, ela fica mais distante e desligada, alheia do mundo à sua volta.
Muitas vezes podem querer ficar deitadas ou sentadas em algum lugar, com a respiração devagar e com o olhar vazio.
Esgotamento (burnout)
É um esgotamento físico ou mental a longo prazo. O autista perde a capacidade de lidar com situações estressantes e o prazer de realizar tarefas que habitualmente o alegravam.
Nesses momentos, é comum que o autista tenha mais ansiedade, explosão e momentos de depressão.
O que fazer?
Tudo dependerá do tipo de crise.
Na desregulação, afaste a criança do ambiente em que ela está, não grite com ela, fale de modo claro e objetivo e espere a crise passar.
No desligamento, observe a criança, desperte a atenção dela com objetos de seu interesse e pergunte se há algo que possa ser feito por ela.
O esgotamento muitas vezes está ligado a um acúmulo de demandas, necessidade de estar atento o tempo todo ou alguma mudança brusca.
Fique atento à rotina da criança e tente descobrir o que está sobrecarregando-a e exigindo demais dela.
Em um espaço terapêutico multidisciplinar, profissionais são capazes de preparar a criança para evitar essas crises.
O profissional ensina a criança a lidar com situações estressantes, compreende os motivos de esgotamento dela, melhora a sua qualidade de vida e bem estar e cria demandas saudáveis a partir de seus interesses.
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