Falamos algumas vezes por aqui sobre a dificuldade que crianças autistas têm em relação à imitação. Mas você sabia que a imitação é um dos processos necessários para o desenvolvimento da fala?
O contato visual, a atenção compartilhada e a imitação são peças fundamentais nesse processo. É através delas que um profissional especializado será capaz de intervir e adotar estratégias pensadas a partir do contexto de cada criança.
- A fala é a conclusão de um percurso que começa desde cedo através da imitação orofacial, isto é, dos movimentos da face e da boca. Nessa etapa, a criança observa como outros indivíduos realizam essas ações e, a partir disso, desenvolve recursos que possibilitarão a fala mais à frente.
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Para que a fala seja possível, portanto, ela precisa começar a partir de uma imitação motora bem-sucedida. Para isso, o contato visual é necessário para que a criança consiga prestar atenção nas nuances de movimentações e gestos de outra pessoa.
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Além da imitação orofacial, um outro tipo de imitação é importante para que a criança aprenda a falar: a imitação de sons. Nessa etapa, ainda que a fala da criança não seja funcional, ela busca imitar e reproduzir sons análogos ao que ela ouve outros fazerem.
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A imitação é uma das dificuldades presentes no TEA. Alguns déficits por conta da falta de contato visual somados à dificuldade para interação social podem atrapalhar o processo de imitação. Nesse caso, a fala e o desenvolvimento da linguagem podem acabar prejudicados.
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Um profissional especializado buscará realizar intervenções que levem em conta todo esse processo, analisando qual estratégia adotar no exato contexto em que a criança se encontra. Atividades lúdicas, jogos de imitação e treinamento de habilidades através do reforço positivo poderão com paciência e esforço atenuar as dificuldades da criança nessa área.
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